sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Gravatas

O hábito de usar adornos em volta do pescoço vem de longa data. Provavelmente, a primeira utilização de objetos semelhantes às gravatas foram identificadas entre os egípcios; arqueólogos descobriram em torno do pescoço de algumas múmias uma espécie de amuleto conhecido como “Sangue de Ísis”.
Esse objeto em ouro ou cerâmica possuía a forma de um cordão fixado com um nó, cuja a função seria de proteger a múmia dos “perigos da eternidade.”


* Sangue de Isis

Até uma época recente, imaginava-se que os romanos foram os pioneiros no uso da gravata, que este acessório tenha sido utilizado pelos oradores romanos com o objetivo de aquecer suas gargantas.

A introdução da gravata  foi feita pelos mercenários croatas à serviço da França durante a guerra dos trinta anos. Os pedaços de tecidos, atados ao pescoço dos soldados com distintivos laços, teriam causado enorme alvoroço em toda a sociedade. Os franceses logo se encantaram com esse adereço elegante e desconhecido, que chamaram de "cravat", que significa croata. O próprio rei Luis XIV ordenou que seu alfaiate particular criasse uma peça semelhante e que a incorporasse aos trajes reais.

Hoje elas são símbolo de homem bem sucedido, ela carrega uma imagem fetichista de masculinidade e poder.

Ao longo das décadas o tamanho e a largura das gravatas têm mudado muito. As clássicas têm de 10 a 11 cm de largura. As mais comuns são encontradas de 8 a 9 cm. Já para os homens que gostam de ousar, a largura é a de 5 a 7 cm. As melhores são feitas em seda; por isso vale à pena o investimento, elas duram mais e o caimento é mais bonito.

Como tudo tem uma regra, as gravatas também possuem seu código de uso, mas uma regra que não pode ser quebrada nunca, é a altura onde ela deve terminar; no meio da fivela do cinto.

Quando o assunto é nó de gravata, muitos homens ficam perdidos e correm atrás de socorro, já ví homem guardar a gravata com nó pronto porque não sabe fazê-lo novamente.

O nó também é importante, e deve criar harmonia com o colarinho, proporcionando estética e conforto. Pensando nisso, escolhí os nós mais comuns para dar as dicas de como fazê-los:
 
* Simples: o nome já diz tudo, é o preferido dos brasileiros e também o nó mais indicado para as gravatas estreitas (5 a 7 cm). Este nó é perfeito para ser usado com roupas slim fit (tudo mais justinho).



* Duplo:  valoriza o visual, traz sofisticação e não é difícil de ser feito. Não se preocupe se um dos lados do nó ficar tortinho, isto é o charme dele. Por ter mais volume deve ser usado com colarinho mais curto e aberto.



* Semi Windsor: para este nó você precisa um pouco mais de treino, mas não se assuste, é possível aprender. É um nó muito chic, passa uma imagem de poder, dá uma valorizada no figurino.




* Windsor: este é o nó do homem bem sucedido! Por ser mais gordinho, o nó Windsor deve ser usado com colarinho italiano, mais aberto, porque acomoda melhor o volume do nó.



Quanto às combinações de gravata com a camisa e o terno, é outro assunto, posteriormente eu passo para vocês.

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