terça-feira, 6 de setembro de 2011

Em busca da aparência perfeita

Ví hoje essa publicação da psicóloga  Luciana Kotaka, e achei interessante trazer para vocês, pois em minhas conversas com amigas e clientes, tenho sentido o cansaço de todas em ficar com o corpo dentro de parâmetros (que ninguém sabe de onde surgiram), e da cobrança das outras pessoas e até da família, para que entrem em um padrão de aparência, que nem sempre agrada a própria pessoa que está sendo cobrada.

"Quantas vezes nos pegamos presas a determinadas crenças em nossa vida? Acreditamos que lavar o cabelo após o parto faz mal a mulher, passar o ano novo de branco dá sorte, ou mesmo passar debaixo da escada pode dar azar. Esses são exemplos de como aceitamos algumas mensagens que nos são passadas e às vezes nem sempre questionamos sua veracidade.

Quando pensamos em beleza também desenvolvemos certas crenças e uma delas é acreditar que somente sendo magra, é que ficará bonita e atraente. Engana-se quem acredita nisso! Muitos homens preferem as mais cheinhas, até porque acham mais atraentes as cursas, do que a mulher
muito magra. Porém o que faz as pessoas acreditarem que perdendo peso serão realmente felizes? Porque o corpo ganha tanta importância em nossa sociedade?
Temos uma mídia muito forte por detrás desse fato, onde se prega o corpo magro como sendo bonito, e trazendo felicidade. Vemos modelos magérrimas nas passarelas e revistas, mas não sabemos o sacrifício que elas se submetem para manter-se abaixo do peso.




Atrás dos bastidores sabemos que comem pouco, passam fome, vomitam, tudo é valido para conseguir momentos de celebridade. Os transtornos alimentares se instalam, deixando as mulheres com peles secas, cabelo caindo, face pálida. Isso é beleza?

A beleza é um processo cognitivo ou mental e ainda, espiritual relacionada à percepção de elementos que agradam de forma singular aquele que a experimenta. Suas formas são inúmeras, e a ciência ainda tenta dar uma explicação para o processo.
A beleza é um processo interno, de aceitação, de autoestima, de como se vê o mundo, como enxergar ao seu redor. Vemos o belo em pequenos detalhes, desde uma mão bonita, unhas bem feitas, como charme que uma pessoa exala. A simpatia, o jeito de mexer o cabelo, a forma de se expressar, podem estar carregadas de beleza. Nem sempre valorizamos esses detalhes, e vamos engolindo uma cultura em relação ao corpo bem distorcida.


Vemos as estatísticas de depressão aumentarem, assim como os transtornos alimentares, como anorexia
nervosa, bulimia nervosa e quadros de compulsão. O que tem de belo nessas patologias, nessa eterna insatisfação com o corpo, que é o bem mais precioso que se possui?


É importante refletir sobre esses aspectos e procurar formas de sentir-se bem com o que se é na realidade. Claro que todos nós temos algumas coisas em nós mesmos que gostaríamos que fossem diferentes, maior, menor, porém cada um em sua particularidade tem sua beleza própria.
Podemos cuidar do corpo, nos alimentando com qualidade, praticando atividade física, ou mesmo cuidando da forma com que nos vestimos, que nos faz ressaltar o que temos de belo.

Vale a pena parar e olhar com mais carinho para si mesma, e se precisar perder peso o faça com cautela, dentro de uma realidade possível, compatível com sua estrutura física, preservando sua saúde mental e física.

Ser bonita e magra pode ser o ideal para algumas pessoas, mas não é um padrão real, necessitando um reposicionamento das empresas de moda, dos cortes de roupas e até mesmo de sua relação com você mesma".

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